Sim, saudade.
De quando você cuidava de mim... Trazendo-me uma paz inexplicável.
Dos momentos em que olhei por ti, mesmo machucada, mas querendo a sua recuperação... E a reciprocidade disso tudo.
É uma tarefa bastante difícil e penosa, colocar todos esses pensamentos em palavras... Mas eu preciso. Preciso me desvincilhar e seguir adiante. Não posso mais procurar por você, por mais que o meu maior desejo seja esse.
Tento, portanto, um reencontro para um determinado momento... Breve. E não sei como vou me sentir, como vamos nos sentir. Mas quero você, na minha vida, mesmo que nos braços de outro. Posso tentar aceitar isso. Só não consigo, ainda, aceitar que te perdi.
Mas como perder algo que nunca possuí? Não, você jamais será um objeto que alguém pode colocar um peso de posse. Você é livre. E agora, eu também sou.
Somos livres para fazer o que bem quisermos de nossas vidas, sem ter que nos dar satisfação... Talvez eu fosse querer isso? Não, seria doloroso demais. Mas pondero, todas as noites, onde você está e com quem pode estar. Torturo-me.
Mas preciso cessar esses momentos de agonia... Preciso parar de querer você aqui, cuidando de mim, nos dias em que estou doente. Não posso mais contar com isso e tenho que contar comigo e apenas comigo.
Eu te amei, nós nos amamos, você me amou.
Demos certo no que tínhamos que dar, mas rompemos.
Eu não quero mais te ver sofrer, por mim.
Quero a sua paz, a nossa paz, por fim.
Devaneios de um momento solitário
Longínquo e extremamente solidário...
É o que venho tentar me expressar:
"De tudo o que vivemos, guardo em meu peito, velado.
E deixo, pra ti, o meu obrigado".
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